PROMOÇÃO DE SEGURANÇA E COMBATE À VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA/LESBOFÓBICA.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ter, 27 de Dezembro de 2011 08:00
Policiais Civis da Delegacia de Polícia (DP) de Bom Jesus do Norte prenderam, na tarde desta segunda-feira (26), um homem acusado por crime de violência doméstica contra a companheira. J.L.S., 34 anos morava há um ano com a vítima.

Segundo informações, após a denúncia da companheira, J. foi preso em casa no bairro São João. No depoimento, a vítima, M.J.V., 49 anos relatou que o acusado sempre que embriagado a agredia com socos e a arremessava contra a parede. No momento da prisão ele confessou a prática do crime e foi autuado pela Leia Maria da Penha.

Após a autuação, foi arbitrada a fiança, porém J.L.S. não efetuou o pagamento e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim.

 Fonte: http://www.pc.es.gov.br/site/index.php/noticias/2-policia-civil/1536-policia-civil-prende-homem-acusado-de-violencia-domestica-em-bom-jesus-do-norte-

Ufes aprova sistema de cotas

10 08 2007

Manifesto em favor das cotas raciais no campus da Ufes (06/04/2006). Foto enviada por Gabi Merlo, para o Centro de Mídia Independente.
        Hoje a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) deu um importante passo rumo à democratização do acesso ao ensino superior no Estado. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) aprovou o projeto que prevê uma reserva de 40% das vagas da graduação para ex-alunos de escolas públicas. O sistema de cotas foi aprovado após mais de um ano de discussões e, ao contrário do que reivindicava o Movimento Negro do ES, não fará distinção entre brancos e negros. Os critérios para a reserva das vagas serão bem objetivos. Além de ter estudado em escolas da rede pública no mínimo durante sete anos (incluindo os três do ensino médio), o estudante deverá ter renda familiar inferior a sete salários mínimos (2.660,00 R$). A alteração será apresentada já no edital do Vest Ufes 2008, lançado ainda nesse mês.
        As principais críticas ao sistema aprovado vieram, como se pode imaginar, dos cursos de pré-vestibular e do Movimento Negro, que pleiteava uma reserva de 26% dessas cotas para alunos afrodescendentes. Sou totalmente favorável ao sistema da maneira que este será aplicado na universidade. Fico contente que essa ampla discussão em que a sociedade capixaba se envolveu nos últimos tempos tenha efetivamente resultado em mudanças significativas. Apesar de todo meu respeito ao Movimento Negro, nunca acreditei que vagas puramente raciais pudessem resolver o problema da universidade e nem mesmo o problema do racismo no país.
         Qual é o perfil de estudante que a Ufes precisa incluir? E por que a importância desta inclusão? Qualquer análise do sistema de cotas que não se proponha primeiramente a responder essas questões não pode ser levada a sério. Por que queremos negros, pobres, índios ou imigrantes na universidade? Simplesmente para que possamos substituir uma elite branca por outra, etnicamente diversificada. Não acho que esse seja um motivo relevante. Sempre acreditei que se as decisões em nosso país não considerarem a sociedade como um todo estaremos perdendo o foco na humanidade e agindo da mesma forma que tantos fizeram antes de nós, sem qualquer resultado relevante. Não só a Ufes, como todas as instituições públicas de graduação desse país devem perder o caracter predominantemente elitista e pequeno-burguês que sempre caracterizou o ensino superior no Brasil. Adicionar novas experiências de vida, novos perfis de estudante, sempre será muito válido para construirmos um ambiente plural e rico em interações de diferentes naturezas. Não se trata simplesmente de “enriquecer” a Ufes de seus portões para dentro, mas de levar a universidade até as comunidades que historicamente não tem acesso e trazer estas comunidades para dentro do campus. Isso é enriquecer a sociedade como um todo. Trazer o Movimento Negro, o Movimento Hip Hop, A Central Única de Favelas, todos para dentro da universidade e sobretudo estabelecer o diálogo entre eles e a universidade.
            Segundo dados do Censo Escolar de 2006, 52% dos alunos de escolas públicas de ensino médio do Espírito Santo se consideram negros ou pardos. Longe de ser uma minoria, os negros e pobres são a grande maioria do povo brasileiro. Não quero me aproximar do discurso hipócrita da classe média. Aquele que diz que nossa sociedade é multi-cultural e que, portanto, seria difícil distinguir as raças no imenso e exótico caldeirão étnico brasileiro. Como se vivêssemos uma grande harmonia e ninguém visse no próximo negro ou branco, e sim brasileiro. A pobreza em nosso país tem cor. O abismo entre brancos e negros se esbarra na diferença entre os elevadores sociais e de serviço dos prédio residenciais. Por outro lado, diferenciar negros e brancos com a mesma formação escolar é uma atitude neo-nazista e não ajuda em nada a acabar com o preconceito racial. Por que os afrodescendentes precisariam de cotas personalizadas? Eles são mais da metade do corpo discente das escolas públicas de ensino médio do Estado. Cotas sociais para alunos de escola pública são uma conquista da sociedade como um todo, mas também dos negros que são grande parte – a maior parte – desse contingente.
         Hoje, de acordo com o instituto Saberes, menos de 3% dos alunos da Ufes são negros. Certamente, não é algo que possamos comemorar. Mas se fossem 50%, eu ainda acharia estranho um negro precisar ser médico, advogado ou acadêmico para ser respeitado. E sobre os milhares de garis que varrem nossas ruas todos os dias, brancos ou negros, eles são menos importantes do que nossos médicos ou engenheiros, simplesmente por não ter um diploma universitário? Se nossa sociedade fosse composta 100% de cientistas sociais, alguns deles teriam que entregar cartas, plantar tomates e coisas do tipo, porque um conjunto social não sobrevive sem isso. Fico particularmente incomodado com essa história de que para ser valorizados precisamos necessariamente passar por uma universidade. Também me incomoda a mercantilização do ensino superior, que virou simplesmente um degrau para a ascensão social. Será que perdemos a noção de como a universidade pode contribuir para melhorar todo um conjunto social? Será que nos esquecemos de que, como estudantes de universidades federais, teremos um dia a obrigação de devolver para a sociedade o investimento que esta fez em nossa formação profissional? Ou é simplesmente se formar para “ser alguém” e levar uma vida confortável com um salário de graduado. Tente colocar 190 milhões de brasileiros dentro das universidades. Não é a solução. Se não mudarmos a consciência em torno do papel da universidade para as comunidades ao seu redor, qualquer política de cotas será insuficiente. De qualquer forma, parabéns à Ufes pelo primeiro passo dado. Que os próximos acadêmicos entendam a real importância da instituição que representam e que essas pessoas, acima de tudo, sejam capazes de fazer a diferença em prol da coletividade. Que as cotas sirvam realmente para restaurar um pouco da nossa esperança na universidade pública e na sua função como instrumento de transformação social coletiva.

Fonte: http://mncromatico.wordpress.com/2007/08/10/ufes-aprova-sistema-de-cotas/

quarta-feira, 21 de março de 2012

Comissão vai decidir cassação de prefeito de Bom Jesus do Norte


Leandro Moreira


            Certamente o ano novo não iniciou conforme queria o prefeito de Bom Jesus do Norte, Adson Azevedo Salim (PSDB). Alvo de Comissão Processante (CP) criada pela Câmara Municipal, por suposto superfaturamento no carnaval de 2010, Adson teve a sua defesa ignorada pelos vereadores, que estão focados em dar continuidade às investigações. Dentro de 90 dias, o relatório será votado, assim como a cassação ou não do chefe do executivo.


            Também é alvo da CP o vice-prefeito Pedro Chaves (PMDB), que foi presidente da comissão de festa durante o carnaval denunciado. De acordo com o presidente da CP, vereador Toninho Gualhano (PT), os indícios de superfaturamento são fortes.

            A prefeitura firmou convênio com o Ministério de Turismo, em 2009, no valor de R$ 300 mil para a realização do carnaval do ano seguinte; R$ 20 mil foi contrapartida. No entanto, conforme Toninho, todos os shows contratados foram superfaturados.



            “Há um Dj que cobrou R$ 480,00 em festa particular no município e na planilha do carnaval o valor estava em R$ 17,5 mil, mais de 600%”, denunciou. Toninho acrescentou que ainda foram gastos mais R$ 200 mil de recursos próprios e que shows que valiam R$ 8 mil saíram por R$ 58 mil.

Comissão

            A Comissão Processante foi instaurada em 15 de dezembro, após proposta apresentada por um eleitor do município, segundo Toninho. “Antes disso, vínhamos pedindo informações referentes ao carnaval de 2010, mas a prefeitura nos negava e dizia que devia prestar contas somente ao Ministério de Turismo”, contou o presidente da CP.

            Após a abertura da comissão, o prefeito e vice foram intimados dentro dos cinco dias seguintes. A partir daí, foram concedidos 10 dias para apresentação da defesa prévia. Nesta segunda-feira, os dois apresentaram a defesa, que poderia arquivar o caso ou dar continuidade. Todos os vereadores decidiram por levar até o fim a averiguação.

Investigação resulta em exoneração

            O vice-prefeito Pedro Chaves foi exonerado da Secretaria de Planejamento, Habitação, Trabalho, Desenvolvimento Rural e Social na segunda-feira, onde atuou por três anos. O motivo, segundo ele, foi não ter aceitado a defesa que o procurador do município fez para ele apresentar à Comissão Processante, a pedido do prefeito Adson.

            “Minha saída foi porque o prefeito não ficou satisfeito por eu não ter aceito a defesa que o procurador do município tinha feito para mim, a mando dele. Redigi a defesa conforme minha consciência e de acordo com a verdade dos fatos, não imputei culpa indevida a ninguém, mas também não assumi culpa de coisas que não fiz e não participei”.

Defesa

            De acordo com Pedro, o convênio com o Ministério do Turismo foi firmado em 2009, via emenda parlamentar do deputado federal Carlos Manato (PDT). Para obter o recurso, a prefeitura apresentou planilha com os nomes dos artistas pretendidos para se apresentarem no carnaval de 2010.

            “Eu assumi a presidência da comissão de festa em janeiro e vi que a planilha, com o dinheiro do ministério, era só para o pagamento dos artistas, não havia recursos para a estrutura do evento, como segurança, palco, banheiros químicos, som, iluminação etc”, explicou o vice-prefeito.

            Chavez informou que utilizou pouco mais de R$ 80 mil, do caixa da prefeitura, para contratar a estrutura necessária. “Também contratei artistas da terra, já que na planilha a banda mais próxima era de Vitória. Como presidente da comissão de festa, tive a função de executar a planilha; a confecção dela é do prefeito”, desviou.

            A reportagem ligou para a prefeitura no intuito de ouvir a versão do prefeito. O chefe de gabinete disse que Adson não se encontrava e que retornaria a ligação assim que ele chegasse à sede da administração. Mas, não houve retorno por parte da prefeitura.

PLANILHA DE CUSTO DO CARNAVAL DE 2010
Despesa com artistas (Fonte: Vice-Prefeito)

            Declaro que os valores abaixo já estão incluso             todas as despesas e estruturas de acordo com as exigências dos artistas, como transportes hospedagens, alimentação, produção e impostos.

*DJ Mario Filho = {17.500R$}
*DJ Américo Neto = {15.000R$}
*Banda Dose Dupla ={24.000R$}
*Rodrigo S. Barão Vermelho={58.000R$}
*Band. Calypso do para ={60.000R$}
*Band. Muvukera ={23.000R$}
*Band.Akarajé ={17.500R$}
*Band.Swing baiano ={27.000R$}
*Band.Dose Mais ={22.000R$}
*Dupla César & Alessandro={51.000R$}
*Serviço de Sonorização ={5.000R$}